Sophia acordou perguntando por padado.
Em sua fala quase monossilábica, já é um grande progresso uma palavrinha trissílaba. O progresso seria ainda maior se eu conseguisse entender o que ela estava falando.
- Padado, mámáe. - ela repetia, doce e pacientemente, com seu sotaque alemão.
- Padao?
-...
číst celé
Sophia acordou perguntando por padado.
Em sua fala quase monossilábica, já é um grande progresso uma palavrinha trissílaba. O progresso seria ainda maior se eu conseguisse entender o que ela estava falando.
- Padado, mámáe. - ela repetia, doce e pacientemente, com seu sotaque alemão.
- Padao?
- É! Padado.
- O que é isso, filha?
- Padado.
- Que que tem padado?
- Padado, mámáe. Cadê padado?
- Que padado?
- Padado!
E assim transcorreu o dia, com Sophia volta e meia me perguntando Cadê padado?
Ao entardecer, enquanto observávamos as fuguinhas, como ela chama as formiguinhas, Sophia voltou ao assunto.
Como eu continuasse não entendendo, ela esclareceu, por fim:
- O moço.
Aí a ficha caiu, não sei por que milagre: - Ah! O Paulo Eduardo?! - Senti-me como Champollion decifrando os hieróglifos. Quando vi seus olhinhos brilharem, percebi que, finalmente, estávamos falando a mesma língua! - O Paulo Eduardo, seu primo, que esteve aqui no domingo?
- É. Cadê?
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